quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

VIGÁRIO BARTOLOMEU – O PADRE MAÇOM

Meus irmãos, em estudo aos assuntos de nossa Ordem, encontrei esse belo exemplo de Maçom.
Que orgulho de ser Maçom.
Abraço; Cid Guimarães.'.

Segue na íntegra como no site


VIGÁRIO BARTOLOMEU – O PADRE MAÇOM
Olinda era centro de elevada cultura humanística. Inegavelmente era a fonte de cultura do Nordeste
Klebber S Nascimento
08.05.2010
Bartolomeu da Rocha Fagundes (filho) – o Vigário Bartolomeu – abrigou durante a vida duas importantes e paradoxais comendas: a de Cavaleiro da Ordem de Cristo outorgada pelo Trono Imperial (influenciada pela Santa Sé) e a de Cavaleiro Kadosch, conquistada ao atingir o Grau 30 da Maçonaria, o último dos Graus Filosóficos, através de uma iniciação. Comendas originárias de Ordens completamente diferentes, porém com características comuns de merecimento: o desprendimento do agraciado para se dedicar inteiramente à defesa dos indefesos – ainda que esses fossem reis ou vagabundos; por seu profundo amor à Pátria. Amor à humanidade. Por sua imaculada honra e absoluta descrição; suprema lealdade (até para os desleais). Combate sem tréguas aos usurpadores dos direitos mínimos do povo (os direitos fundamentais do homem). Imenso amor à Liberdade. Vigário Bartolomeu Fagundes: és honra e glória da nacionalidade brasileira.
Foi assim, filho de maçom, sacerdote, político e maçom. Bartolomeu da Rocha Fagundes nasceu em 8 de setembro de 1815, em Vila Flor, depois município de Canguaretama, na Província do Rio Grande do Norte. Ainda na adolescência veio com os pais residir na cidade de Natal em virtude de transferência do Cartório gerido por sei pai, tabelião  Bartolomeu da Rocha Fernandes (o Velho). Concluído o curso primário, o jovem Bartolomeu foi para Olinda, Pernambuco, estudar no grandioso Seminário local.
Olinda era centro de elevada cultura humanística. Inegavelmente era a fonte de cultura do nordeste. Para lá migraram nomes do cenário nacional.
O percurso entre natal e Olinda em “lombo de mula” levava cerca de uma semana, atravessando praias, areias, dunas e demais óbices inerentes à região, com pernoites, às vezes, em precários acampamentos artesanalmente montados.
Correm os anos e em 1839 o jovem Bartolomeu recebe as ordens de presbítero pelas mãos do bispo diocesano de Olinda e segue para a sua paróquia natal (Vila Flor) onde reza a sua primeira missa. Mas foi na Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal, que exerceu seu magistério, onde em 20 de novembro de 1834 foi nomeado Vigário Colado, após aprovação em concurso. Aí trabalhou, lutou e envelheceu, no ministério sagrado.
Na política, pertenceu ao Partido Liberal; exerceu o mandato de deputado provincial por quatro biênios. Como 6º Vice-Presidente da Província do Rio Grande do Norte, assumiu, por pequeno período, o Governo.
Foi presidente, em 1856, da Comissão de Socorros, na epidemia do cólera morbus. Militou  no jornal O Liberal do Norte ( O Liberal ) onde defendeu assuntos relativos à reforma eleitoral, à independência do poder espiritual e do poder civil (Igreja e Estado). A oposição era veemente através do Partido Conservador.
Os movimento políticos vinham sendo planejados e discutidos dentro das Lojas Maçônicas e estimulado pelos seus membros. Olinda era um vulcão político. Uma caixa de ressonância do território nacional. Explode a chamada “Questão Religiosa”, envolvendo, entre outros, o bispo de Olinda, D. Vital, jovem e impulsivo. O Vigário já era filiado à Maçonaria pela Loja Conciliação de Recife. Depois filiou-se à Loja Natalense, após seu reerguimento (1845). Com a fusão, mais tarde, das Lojas Sigilo Natalense e Fortaleza e União na Loja 21 de Março, o Vigário Bartolomeu tornou-se Benemérito e foi Venerável Mestre em sucessivas eleições, até que, no último mandato, em pleno exercício das funções. Morreu suspenso das “Ordens” sacras, mas com o primeiro malhete de sua Loja na mão.
Justas homenagens prestam-se até hoje, Brasil afora. Em Brasília, em época tão conturbada nos meios maçônicos, foi fundada em 2 de novembro de 1979, a Loja Vigário Bartolomeu Fagundes (nº 16) do Grande Oriente do Distrito Federal, hoje sob o nº 2312, Federada ao Grande Oriente do Brasil. A data coincide com a de seu óbito (2/11/1877) para tornar mais autêntica a homenagem.
Ir.´. Valfredo  Melo e Souza

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Cid Guimarães.'.
M.'.M.'.
Calixto Nóbrega-15 Or.'. Sousa-PB
R.'.E.'.A.'.A.'.

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