- AS SETE LÁGRIMAS DE UM VELHO MAÇOM -
"Num cantinho de um Templo,
sentado num banquinho, fitando o Delta Luminoso, um triste Velho Maçom chorava.
De seus olhos molhados estranhas
lágrimas desciam-lhe pelas faces e, não sei porque, contei-as... foram sete. Na
incontida vontade de saber. Aproximei-me e o interroguei:
- Fala, meu Velho Mestre! Diz ao
teu Aprendiz por que externais assim tão visível dor?
E ele, suavemente me respondeu:
- Está vendo estes Irmãos que
entram e saem? As lágrimas contadas estão distribuídas a alguns deles.
- A Primeira, eu dei a estes
indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo
que suas mentes ofuscadas não podem conceber...
- A Segunda, a esses eternos
duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os
façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam...
- A Terceira, distribuí aos maus,
àqueles que somente procuram a Loja para promover a discórdia entre os
Irmãos...
- A Quarta, aos frios e
calculistas que sabem que existe uma Força Espiritual, procuram beneficiar-se
dela de qualquer forma e não conhecem a palavra Amor...
- A Quinta, aos que chegam com
suavidade, tem o riso e o elogio da flor nos lábios, mas se olharem bem o seu
semblante, verão escrito: Creio no G.'.A.'.D.'.U.'.., na Ordem e nos meus
Irmãos, mas somente se eu puder me servir...
- A Sexta, doei aos fúteis que
vão de Loja em Loja buscando aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um
interesse diferente...
- A Sétima, meu amado Irmão,
notas como foi grande e deslizou pesada! Foi a última lágrima, aquela que vive
nos olhos do Verdadeiro Maçom. Fiz doação desta aos Irmãos vaidosos, que só
aparecem na Loja em Dia de Festas e faltam às reuniões; esquecem que existem
Irmãos precisando de Caridade e tantos seres humanos necessitando de amparo
material e espiritual...
Assim, caro Irmão, foi para todos
estes que vistes cair uma a uma.
Ir.'. Jorge Levi - M.'. I.'. - Or.'. do Rio de Janeiro - Extráido do O CONTINENTINO
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